BIENAL EM CAXIAS
Novas frentes da arte
Navi recebe nesta semana artistas bolivianos do espaço de arte Kiosko
Receber, repartir e reproduzir a arte são vetores que movimentam o Projeto Continentes, da 8ª Bienal do Mercosul, centralizado em Caxias pelo Núcleo de Artes Visuais (Navi). Na semana passada, o espaço recebeu o trabalho Calidoscopia Um Gabinete de Curiosidades, do Lugar a Dudas, da Colômbia. Até o fim de semana, devem chegar a Caxias artistas ligados ao Kiosko, espaço de arte de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. Da experiência da semana passada, organizada e montada por Yolanda Chios e Juan Sebastian Ramirez em parceria com os artistas locais, foco nas novas possibilidades de produção de arte e suas reverberações no cotidiano.
– Seria muito difícil fazer uma exposição com 50 originais. Nessa, tivemos um recorte de 1960 a 2011, com algumas obras que não existem mais – argumentou o curador Benitez.
Trabalhando com dois conceitos básicos, o de museu e o do acesso à arte, os colombianos montaram no Navi um armário ao estilo dos antigos Cabinets de Curiosités, com gavetas recheadas de trabalhos, textos, objetos. Sobre ele, uma fotocopiadora permitia a reprodução de imagens e outros materiais expostos. Havia até pequenos frascos com essência de cádmia, árvore em extinção na Colômbia, que podiam ser levados para casa, contemplando ideias de acesso e circulação da arte, questões igualmente muito caras ao projeto curatorial da Bienal, que tematiza a geopoética.
– A circulação do conhecimento, o intercâmbio entre os espaços e a possibilidade de criar redes de ação são fundamentais neste projeto – frisou Yolanda.
Os dois artistas voltam nesta semana à Colômbia. Não sem antes participar, amanhã, na Casa M, em Porto Alegre, de uma conversa com o público e artistas do Navi, avaliando a proposta implementada em Caxias.
– Para o Navi, essa experiência já é um lucro. Desde o começo, pontuamos necessidade de traçar estratégias que unissem os trabalhos do Lugar a Dudas e do Kiosko. Esse diálogo foi sendo construído mesmo à distância, desde julho. Pode parecer pouco, mas essa residência de uma semana funciona, inclusive, para entendermos as limitações e possibilidades de ação aqui e lá – avalia Mara de Carli Santos, presidente do Navi.
As visitas da semana passada e as que chegam nessa reforçam a presença do Navi na cena artística estadual e nacional e, ao mesmo tempo, arejam suas atividades. Depois do gabinete multiuso e multiarte da Colômbia, agora os bolivianos trarão criações feitas por lá sob inspiração de cinco trabalhos de artistas ligados ao Navi.
– Não há como fugir dessas contaminações entre os espaços e das ações que ainda serão feitas. Mesmo no meio do processo, percebemos um grau de acerto muito grande – diz Mara
carlinhos.santos@pioneiro.com
– Seria muito difícil fazer uma exposição com 50 originais. Nessa, tivemos um recorte de 1960 a 2011, com algumas obras que não existem mais – argumentou o curador Benitez.
Trabalhando com dois conceitos básicos, o de museu e o do acesso à arte, os colombianos montaram no Navi um armário ao estilo dos antigos Cabinets de Curiosités, com gavetas recheadas de trabalhos, textos, objetos. Sobre ele, uma fotocopiadora permitia a reprodução de imagens e outros materiais expostos. Havia até pequenos frascos com essência de cádmia, árvore em extinção na Colômbia, que podiam ser levados para casa, contemplando ideias de acesso e circulação da arte, questões igualmente muito caras ao projeto curatorial da Bienal, que tematiza a geopoética.
– A circulação do conhecimento, o intercâmbio entre os espaços e a possibilidade de criar redes de ação são fundamentais neste projeto – frisou Yolanda.
Os dois artistas voltam nesta semana à Colômbia. Não sem antes participar, amanhã, na Casa M, em Porto Alegre, de uma conversa com o público e artistas do Navi, avaliando a proposta implementada em Caxias.
– Para o Navi, essa experiência já é um lucro. Desde o começo, pontuamos necessidade de traçar estratégias que unissem os trabalhos do Lugar a Dudas e do Kiosko. Esse diálogo foi sendo construído mesmo à distância, desde julho. Pode parecer pouco, mas essa residência de uma semana funciona, inclusive, para entendermos as limitações e possibilidades de ação aqui e lá – avalia Mara de Carli Santos, presidente do Navi.
As visitas da semana passada e as que chegam nessa reforçam a presença do Navi na cena artística estadual e nacional e, ao mesmo tempo, arejam suas atividades. Depois do gabinete multiuso e multiarte da Colômbia, agora os bolivianos trarão criações feitas por lá sob inspiração de cinco trabalhos de artistas ligados ao Navi.
– Não há como fugir dessas contaminações entre os espaços e das ações que ainda serão feitas. Mesmo no meio do processo, percebemos um grau de acerto muito grande – diz Mara
carlinhos.santos@pioneiro.com
Jornal Pioneiro
10/10/2011 | N° 11187
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